segunda-feira, 23 de março de 2020

Reunião Arte Mobilizada Campinas 27/02

Informe da Reunião Arte Mobilizada Campinas 27/02

Presentes: Patty, Helen, Fernando, Celi, Giovanna, Eduardo, Nando, Índio, Tales, Tiche

Fizemos uma rodada de apresentação e informes.

Informes: ônibus para 8M (ônibus saindo da Unicamp: preencher lista http://bit.ly/onibus8m), dia 03 tem mobilização da APEOESP contra a reforma da previdência do Doria

PAUTA:
- avaliação dos atos da Semana de Arte Contra a Barbárie
- planejamento de ações futuras, com destaque para o 7/8M



Fernando: Comentou que o primeiro dia foi muito bom mas os atos foram esvaziando ao longo dos dias. Importante pensar em como fazer ações futuras para que isso não aconteça novamente.

Eduardo: Falou que temos que pensar em estratégias de marketing. Ter o ato nas ruas mas também usar a filmagem do ato nas redes. Não viralizamos tanto a filmagem, então precisamos pensar em como melhorar a divulgação. Também comentou que além de poucas pessoas no ato, Barão tinha poucos transeuntes. Disse que o esvaziamento pode acontecer porque as pessoas foram em um e pensaram "já fiz minha parte"; é necessário falar com as pessoas indivudalmente, tipo com uma vara de pesca.

Patty: Comentou que o ato no Campo Grande foi esvaziado também, a praça não tinha muita gente e a feira era pequena, então seria importante pensar em lugares mais estratégicos. Concordou que não conseguimos viralizar nossos atos e deu o exemplo de grupos de militância em que a Bruna está, que comentavam dos atos em SP e faziam divulgação deles mas "nem ligavam" pros atos de Campinas, mesmo com ela mandando as datas dos nossos.

Índio: Disse que é importante pensarmos em como mobilizar os outros setores (educação, petroleiros, sindicatos etc) e lembrou que a semana teve outras pautas, como a greve dos petroleiros, o que dificultou uma grande adesão. Falou que sentiu falta de algo mais visual, que a faixa não dialogava com a população. No caso da filmagem, seria melhor ter uma pessoa com a função específica de filmar e divulgar. E em outros lugares talvez fosse melhor pensar em outros horários que fossem mais eficazes, não padronizar.

Fernando: Concordou com o Índio sobre a importância de buscar outros setores para construir junto.

Gi: Ponderou que focamos no dia 11, divulgamos as datas mas falamos pras pessoas que se fosse pra escolher um, era melhor o dia 11 para fazer uma abertura bonita. Também lembrou que foi um período complicado, pois o carnaval estava próximo e as baterias estavam ensaiando todos os dias. E o ato do dia 11 passou uma sensação de que precisávamos repetir a mesma coisa nos outros dias, sendo que não precisava ser igual, poderíamos adaptar para ser mais eficiente com menos pessoas. Também apontou que o termo "barbárie" não dialogava com a população, que não entendia o que era isso. Índio falou que um dirigente de sindicato levantou a mesma questão e Helen concordou, falando que às vezes pensamos muito em nossa bolha acadêmica.

Celi: Disse que achou que esse era um movimento que pedia grande número de pessoas, então é importante agregar mais gente. Sentiu falta de estudantes e docentes da Unicamp participando mais.

Helen: Falou que vários estudantes da Unicamp não se sentiram contemplados pelo jeito do ato, por não se sentirem confortáveis com a coreografia ou por acharem que a ação não estava sendo comunicativa, então isso foi um problema que tivemos enquanto APG. Também teve a questão de ser um horário complicado para algumas pessoas, por exemplo mães que precisam levar/buscar na escola.

Patty: Concordou com o Índio que o visual é muito importante, falou que no primeiro dia estava muito chamativo com o grupo das palhaças e que seria bom ter algo assim, além de uma faixa pensada melhor e talvez cartazes explicativos. Concordou com a Helen que houve o problema de estudantes que não se sentiram contemplados com o formato do ato, principalmente com a coreografia, que acharam que lembrava muito a dos protestos golpistas. Mas conseguiram, enquanto APG do IA e APG Central, levar estudantes da pós para os atos. O mesmo não aconteceu com a graduação e isso foi muito frustante, pois ela entrou em contato com DCE e outros centros acadêmicos, principalmente das áreas de humanas, que considerou que se somariam a essa pauta da censura, mas nem sequer ajudaram na divulgação.

Eduardo: Lembrou da especificidade desse evento, que já tinha um formato pronto, e que não devemos esquentar tanto com os problemas advindos disso (a padronização etc). Deu o exemplo de um ato para lembrar que todos fazendo a mesma coisa é importante, pra não criar um ruído na comunicação. Também comentou que um rapaz pegou os folhetos dos petroleiros e entregou pra um policial, então ele foi brincar e conversar com o policial, que questionou se era uma manifestação dos petroleiros. Quando encontrou outro policial mais à frente, que não tinha recebido folheto, a abordagem foi mais de boa. Então pensou em como somar pessoas sem confundir as pautas. Patty fez um aparte e disse que o problema não é a presença deles, mas talvez seria melhor não entregar os folhetos junto com o ato. Por fim, Eduardo comentou que no manifesto estava escrito que nossos atos eram iguais à semana de arte moderna, quando na verdade não era isso, por diversas questões.

Tiche: Ressaltou que foi uma ação do Estado de SP, que aconteceu também em MG e Curitiba. Disse que existe desde sempre a dificuldade de movimentos sociais manterem as pessoas. Considera que o saldo da semana foi positivo e disse que quem não concorda com alguma coisa precisa aparecer para fazer propostas, não adianta só criticar.

Nando: Falou que é importante pensar nas nossas estratégias para criar uma coisa nossa e que é importante criar e fortalecer um grupo nosso.

Helen: Disse que precisamos ter autocrítica e aprendermos a ouvir críticas, sempre construindo o diálogo, que agrega.

Tiche: Lembrou que não é possível representarmos todos.

Encaminhamento sugerido pelo Índio: a semana de arte contra a barbárie não acabou, vai continuar de outras formas.

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Passamos a pensar então na construção de intervenções artísticas para os próximos atos em março. É importante pensar em como representar a pauta da arte, ir nas reuniões de organização dos atos para levarmos o que as pessoas ligadas a arte e cultura querem fazer. Surgiu a ideia de aulas públicas.

Pensando na imporância do visual, que foi levantada na pauta anterior, Helen sugeriu fazer pintura corporal com performers, como fez em atos em Curitiba. Na parte de cima do corpo das mulheres é feita uma pintura que conta uma história e elas carregam molduras como se fossem quadros. Recebemos informe do mote do ato (estava acontecendo reunião de organização ao mesmo tempo) e começamos a pensar em imagens que tenham a ver com isso. Helen disse que é importante ter uma curadoria das imagens. Também pensamos em repetir essa pintura no dia 08.

Problematizamos como transmitir essa mensagem em tempos de discurso religioso e moralista. É importante pensar no público-alvo. Ter outras performances (musicais) acontecendo pode passar essa ideia, como se fosse um rito.

SLOGAN: nossos corpos, nossas histórias

TAREFAS: Eduardo vai fazer as molduras (precisa de ajuda de mais gente), Tiche vai ver o coral. Giovanna e Nando vão procurar mulheres para serem pintadas, as pessoas da APG vão procurar pintoras.

HORÁRIO:
07/03 - concentração a partir de 9h no Largo do Rosário (provavelmente chegamos às 8 pra começar as pinturas)
08/03 - saída de ônibus às 11h

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