domingo, 10 de novembro de 2019

Carta aberta da APG-IA e CAIA

CARTA ABERTA DA APG-IA E CAIA























Em decorrência do comunicado da direção do Instituto de Artes à comunidade no dia 04/11, da reunião realizada entre APG-IA, CAIA e a direção no dia 05/11 e das assembleias de graduação e de pós-graduação do IA, gostaríamos de nos manifestar não apenas para a direção mas também para a comunidade do instituto e da universidade como um todo em uma carta aberta.

Na reunião, a diretoria reforçou diversas vezes que o que foi pautado com as entidades foi a questão do espaço para as mesmas, não a mudança da biblioteca, que não deveria estar sendo discutida no momento. Com relação ao espaço do IA, a boa notícia é que foi aprovada na COPEI (Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da UNICAMP) a execução dos projetos do prédio de acessibilidade, que vai ligar o prédio principal do instituto ao prédio da biblioteca, e de um elevador de carga, uma vez que o elevador do prédio de acessibilidade não comporta o transporte de instrumentos, o que é uma demanda antiga de estudantes e docentes da Música. Porém, o prédio das entidades (CAIA e Visarte) não foi pensado junto com o projeto do prédio de acessibilidade nem está na lista de prioridades, então não se sabe quando a construção seria retomada. Por isso, em reunião no dia 24/10, a direção nos consultou sobre a possibilidade de as entidades aceitarem a construção de um espaço de convivência no local onde seria sua sede. Segundo a direção, esta seria uma reforma possível de ser feita, por ser menos onerosa. Em troca, as entidades - não apenas CAIA e Visarte, mas também APG-IA, FEIA e Atlética - ganhariam sua sede no prédio em que hoje está situada a biblioteca.

No entanto, nós da APG-IA e CAIA acreditamos que não é possível deliberar se aceitamos um espaço no prédio da biblioteca sem antes deliberar se a biblioteca sairá do prédio. Mais do que isso, enquanto entidades representativas, não podemos tomar a decisão apenas entre as gestões, é necessário consultarmos os setores que representamos. Foi com esse intuito que convocamos as assembleias e apresentamos as informações que tínhamos até o momento para que estudantes pudessem compreender a questão e opinar sobre ela.


Marcha antirracista e roda de capoeira

Registro do VI QUEM TEM COR AGE - Ciência, Tecnologia e Revolução Preta: marcha antirracista (que ficou no PB e virou roda de conversa por causa do temporal), que foi seguida por roda de capoeira. As marchas antirracistas tiveram uma importância muito grande em 2016, na luta pela implementação das cotas no vestibular e contra ataques racistas de docentes de algumas unidades. A luta continua pela ampliação e manutenção das cotas e do vestibular indígena e para que mais programas de pós-graduação adotem a política de cotas nos editais de seleção - atualmente apenas quatro unidades fazem isso: IFCH, FE, IE e IEL.

Curta a página do Unicamp Afro e confira a programação completa do mês em: https://www.ggbs.gr.unicamp.br/unicampafro/








Mesa de abertura do VI Quem tem Cor Age

Na segunda-feira, dia 04/11, aconteceu a Mesa de Abertura do VI Quem Tem Cor Age: “Palavra: uma tecnologia ancestral” com Jordana Barbosa, Pai Sidney de Xangô e mediação do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp.

Confira a programação completa do VI QUEM TEM COR AGE - Ciência, Tecnologia e Revolução Preta e do Unicamp Afro!





















Foto: Mayara Gregoracci

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Ata da assembleia da pós - 04/11

Ata da assembleia da pós-graduação do Instituto de Artes - 04/11/19

PRESENTES
 
Patricia Kawaguchi - Patty (Música, APG-IA), Luan Ramos (Tecnologia em Alimentos, APG Central), Letícia Moreira de Oliveira (Multimeios, APG-IA), Aline H. Freitas (Artes Visuais, RD), Liciane Mamede (Multimeios, RD), Sofia Fransolin (Artes da cena), Gustavo Pavani (Multimeios, APG-IA), Diego Machado de Assis (funcionário do IQ, CONSU), Tales Botechia (Música), Lucas Hossoe (Multimeios), Leonardo Caron (graduação em música, CAIA), Lucas R. T. Boht (graduação em Arquitetura), Marcelo Rocha (Música).

INFORMES

1) Liciane, RD de multimeios deu o informe da reunião com representantes da área de comunicação da CAPES, que aconteceu na manhã do dia 04. Outras/os estudantes de multimeios presentes complementaram o informe. A nota do programa caiu de 4 para 3 e como essa é uma situação emergencial, foi chamada essa reunião com o corpo discente. No período da tarde haveria uma reunião com o corpo docente. A impressão foi que os representantes da CAPES queriam ver se estudantes estão cientes da gravidade dessa queda da nota e puderam ver que, sim, estão bem informadas/os. Também queriam conversar sobre quais os caminhos a seguir, sendo eles: a importância de manter o lattes atualizado e da coleta de informações. É preciso fazer um acompanhamento para ver para onde vão estudantes egressas/os, pois até depois de 5 anos o programa é beneficiado pelas publicações.

Estudantes presentes apontaram na assembleia que o resultado da nota reflete a dinâmica interna do programa: ausência de grupos de pesquisa e falta de disciplinas em comum para estudantes se conhecerem (pois assim perdem a chance de publicar em conjunto), o programa não tem revista e ocorre falta de publicação de docentes em periódicos. O programa sofre com a precarização: não há contratação de docentes para repor quem se aposentou, então docentes estão sobrecarregados com as disciplinas, principalmente da graduação. Estudantes gostariam de pedir um encontro geral de multimeios, reunindo discentes e docentes.

2) Patty deu o informe do Unicamp Afro, que acontece em novembro, com programação todos os dias. Destacou que algumas atividades envolvendo arte e cultura foram selecionadas para entrar no calendário da APG-IA e divulgou a abertura do Quem tem cor age, organizado pelo Núcleo de Consciência Negra, que aconteceria às 17:30 (com caronas disponíveis). Programação completa.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A situação da biblioteca do IA
























A história da biblioteca do IA se confunde com a história do próprio Instituto de Artes. Criada em 1972 – quando o instituto possuía apenas 2 anos de existência – ela vem exercendo papel fundamental na formação de gerações de artistas, oferecendo amplo acesso à informação e atendimento especializado. No dia 24 de outubro, recebemos com espanto a notícia, por parte da direção do Instituto de Artes, de que está sendo negociada a remoção de nossa biblioteca para um espaço dentro da Biblioteca Central (BC).

O argumento utilizado é que o IA carece de espaço. A solução, então, seria transferir a biblioteca e, com isso, ocupar seu prédio para funções administrativas, o que geraria, supostamente, mais espaço para salas de aulas no Instituto. Sabemos dos problemas de infra-estrutura pelos quais nosso instituto passa – aliás, sentimos na pele diariamente todos eles. Porém, a solução encontrada não parece senão um rearranjo feito às pressas, sem planejamento e sem discussão com a comunidade, que somente transfere o problema para outro lugar.

Inicialmente, a direção do Instituto solicitou à direção da biblioteca o espaço do primeiro andar – onde hoje ficam as cabines de estudo e acervo de partituras – para a criação de um espaço administrativo. Diante da recusa da biblioteca em ceder o espaço, a direção do IA partiu em busca de outras soluções, recebendo da vice-reitora, profa. dra. Teresa Dib Zambon Atvars, a proposta de realocação na BC. Ou seja, nosso acervo, que é fundamental para os cursos de artes e é enorme - incluindo livros, revistas, partituras, cds, vinis, vhs, dvds etc - e ocupa um prédio inteiro (inclusive já falta espaço no prédio da biblioteca) passaria a ficar espremido na BC.

A transferência da biblioteca implica em diversos problemas para as funcionárias e funcionários e para quem a utiliza. Em primeiro lugar, o espaço oferecido na BC apresenta problemas de infraestrutura, como teto baixo, tubulações de ar que atravessam todo o espaço e iluminação insuficiente. Todos esses fatos contribuem para a criação de um ambiente sufocante e pouco atrativo para estudantes. Além disso, há a possibilidade de ter que dividir esse espaço com outras bibliotecas de unidade que também podem ser desalojadas; a BC não tem espaço de estudo para comportar tanta demanda de pessoas. Em segundo lugar, tememos que essa mudança implique em uma perda de identidade da biblioteca do IA. Sabemos que foi assegurado à direção do IA pela vice-reitora que seria mantida sua identidade mesmo dentro da BC, porém, esta garantia está limitada somente à atual gestão. E depois que mudar a reitoria? O “acordo” será mantido? Não há como ter garantias. Acreditamos que, com o tempo, nosso acervo corre o risco de ser incorporado à BC, nossas/os funcionárias/os realocados e, com isso, nossa história e nossa identidade se perderão. Outro problema que vem assolando a Unicamp de um modo geral é a insuficiência de recursos humanos: funcionárias/os cada vez mais sobrecarregadas/os, tendo que exercer funções que, muitas vezes, não são as suas, para suprir a falta de efetivo.

Vale ressaltar que a remoção da biblioteca do IA não é um problema isolado, mas sim um projeto de desmonte e precarização da Reitoria da Unicamp que engloba todo o sistema de bibliotecas. Exemplo disso é a biblioteca da FCM que sofreu uma drástica diminuição de seu espaço, levando a uma baixa patrimonial e a utilização de containers para armazenar alguns materiais, conforme exposto pelo grupo de funcionários Vamos à Luta Unicamp. Além disso, vemos a tentativa de aglomeração de diversos acervos especializados da Unicamp, tais como do CMU, NEPO e NEPP, ignorando por completo suas especificidades de armazenamento e gestão. Podemos concluir que esse movimento visa à progressiva diminuição de funcionárias/os na Unicamp. A conta é simples: com a ida de funcionárias/os da biblioteca do IA para a BC, aquele espaço contará com a soma de todas essas trabalhadoras e trabalhadores. Com o tempo, conforme estes forem se aposentando, ao invés da contratação de novas/os funcionárias/os, o trabalho será redistribuído entre aquelas/es que permanecerem. Isso resultará no sucateamento total dos serviços que o sistema de bibliotecas da Unicamp oferece às suas usuárias e aos seus usuários (estudantes, docentes e pesquisadoras/es de todo o Brasil e exterior).

Acreditamos que este é um assunto que deve ser discutido com a comunidade toda, sendo que a direção do instituto não fez nenhum esforço neste sentido, então chamamos todas e todos as/os estudantes de pós-graduação para a assembleia da pós, que acontecerá na segunda-feira, dia 04/11, meio dia no vão do IA.

Calendário de novembro

NOVEMBRO CHEGOU!!!

Neste mês decidimos não fazer nenhuma atividade no IA e incentivar a participação nas atividades do Unicamp Afro. Destacamos algumas atividades mais relacionadas a arte e cultura, mas tem muuuuitas outras, é um mês inteiro de programação! Você pode conferir a programação completa aqui.

Também curta e compartilhe a página do Unicamp Afro no Facebook!